segunda-feira, 13 de março de 2017

Pedidos do STJ para investigar Waldez estão prontos para votação

Pareces da CCJ orientam pela negação dos pedidos contra governador do AP.
Casos são resultantes da Operação Mãos Limpas, de 2010.

Foram lidos nesta terça-feira (7) na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) os pareceres da Comissão de Constituição e Justiça que negam os pedidos do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar o governador Waldez Góes (PDT). Com a leitura, os pareceres estão prontos para serem votados. O presidente do parlamento, Kaka Barbosa (PT do B), é quem decide a inclusão das matérias na pauta da ordem do dia.
Os pedidos são resultantes da operação Mãos Limpas, deflagrada em 2010 pela Polícia Federal (PF), contra o legislativo, executivo e Tribunal de Contas do Estado do Amapá.
As solicitações para abertura de inquérito contra o governador do Amapá foram colocadas em pauta quase um semestre depois de a Assembleia ter recebido os ofícios do ministro Otávio Noronha, relator das ações penais envolvendo a operação Mãos Limpas.
Ambos os pedidos estão desde julho na Casa. De acordo com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Charles Marques, o andamento demorou porque o STJ não teria enviado por completo a cópia dos processos, o que forçou a Assembleia a devolvê-los, conforme falou.
A medida por parte do ministro segue o rito estipulado pela Constituição do Amapá, que estabelece a investigação contra o chefe do poder executivo somente mediante a permissão dos deputados estaduais.
Essa é a segunda solicitação para investigar Waldez Góes. A primeira ocorreu em 2015 e foi negada por 18 votos a 3 na Assembleia Legislativa do Amapá. A tendência é de que os novos pedidos também sejam negados. Pareceres da CCJ negaram andamento aos casos.
Apesar de conflitos pontuais com alguns parlamentares, Waldez Góes atualmente tem a maioria dos deputados na Casa, após a destituição do então presidente Moisés Souza (PSC), desafeto político.
Se a Assembleia decidir não autorizar a investigação, o processo fica suspenso até que Waldez Góes deixe o cargo de governador. Em caso de aceitação dos pedidos, ele passará a responder normalmente pelas investigações.